terça-feira, 14 de agosto de 2007

Auto Estima


Afinal, o que é auto-estima?

Auto-estima é a sensação e a vivência do seu nível de adequação e aceitação diante dos desafios da vida!
Auto-estima = conseqüências da sua auto-imagem (como você se sente e se vê) + conseqüências da sua imagem percebida pelos outros (como os outros demonstram que vêem você).
Você não pode verdadeiramente amar ao que não conhece, por isso Sócrates continua atual: Conhece-te a ti mesmo!Depois de conhecer-se mais, prepare-se para enfrentar os desafios que separam a “pessoa” que você se acostumou a ser (com todas as ilusões, mecanismos de defesa e desculpas nobres), da “pessoa” que você pode efetivamente ser, com todas as suas múltiplas potencialidades.

Itens para compreender e melhorar sua auto-estima
• Auto-estima é uma avaliação sua sobre você mesmo – o assunto é você!
• Auto-estima é assunto sério, trate-o com seriedade e honestidade.
• Você não é como pensa ser ou como os outros pensam que você é. Dedique-se a se conhecer de verdade.
• Sua auto-estima total é a soma das parcelas de auto-estima que vem de todas as áreas de sua vida.
• Sua auto-imagem se altera quando você amadurece.
• Compare-se com seu próprio potencial, não com o dos outros.
• Quanto mais você se conhece, apesar do surgimento de imperfeições que você não reconhecia, maiores serão suas condições de estabelecer uma auto-estima saudável.
• Compreenda que você é potencialmente maior que sua história passada e presente. Dedique-se a realizar este potencial.
• Concentre-se em ser uma pessoa de valor e não de sucesso. Sucesso é opcional e relativo.
• Aprenda a exigir-se na medida certa – nem menos, nem mais que o possível.
• Compreenda que as opiniões dos outros, mesmo as das pessoas que você mais respeita, são subjetivas, são apenas opiniões. A melhor parte da história da Humanidade é escrita por pessoas que têm coragem de confrontar opiniões.
• Seja humilde para consigo mesmo – não se auto promova nem se auto destrua. Eduque-se!
• Não rejeite suas virtudes só porque você também tem defeitos.
• Encare as críticas como algo a seu favor e não contra você.
• Compreenda que você, assim como os outros, tem o direito de ser feliz e encontrará as condições para isso, apesar dos obstáculos.
• Acredite em você, mas não tenha pressa! Autoconfiança se constrói gradualmente.
• Se você quer ser melhor, aceite-se. Você não pode mudar o que não reconhece.
• Seja gentil com a sua natureza. Você levou anos para ser quem é e levará algum tempo para ser quem deseja ser.

Sintomas de problemas com a auto-estima
• Sentimento constante de inadequação e insuficiência.
• Sensação constante de falta de importância e valor.
• Presença constante de sentimentos julgados inaceitáveis.
• Sensação contínua de estar sendo ridículo.
• Fixação no papel de espectador passivo ou vítima constante dos acontecimentos.
• Presença constante de sensação de culpa e vergonha.
• Dúvidas freqüentes sobre sua capacidade de pensar, decidir e agir corretamente.
• Sentir-se indigno e não merecedor de suas conquistas.
• Sentir que não tem razões para ser amado.
• Sentimento de falta de controle sobre os aspectos mais importantes de sua vida.
• Medo agudo e permanente diante da necessidade de fazer escolhas.
• Falta de confiança em sua competência e idéias, mesmo diante dos menores desafios da vida.
• Fuga constante da felicidade.
• Dificuldade constante em assumir responsabilidades, especialmente as de maior duração.
• Sentimento de que nada de bom pode acontecer a você e que, se acontecer, não vai durar.
• Agir teatralmente, buscando sempre chamar a atenção para um valor que no fundo você sabe que não tem.
• Fantasiar continuamente sobre seus valores e conquistas.
• Agir como se tivesse algum privilégio, carisma ou poder especial e único.
• Julgar contínua e compulsivamente todos a sua volta com critérios muito rígidos, que você não aplica a si mesmo.

Carlos Hilsdorf

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MULHER EM 3D


Provocada por um grande amigo para escreve sobre MULHER, mais especificamente mulher em 3D.
Eu, no entanto, me questiono o que seria uma mulher em 3D?
Os olhares estão voltados para que dimensão da mulher?

- seriam aquelas mulheres paradas, olhando a banda passar, na janela, sem se darem conta de que o tempo passou, parecendo uma metamorfose ambulante?
- àquelas que fazem todo dia sempre igual, cheiram a alho, usam avental e calçam chinelos de pano e, se tiverem tempo, fazem crochê? Ou, quem sabe, estão deprimidas, sem vontade de lutar, sem apetite, sem agressividade, sem tesão e sem percepção dos seus próprios desejos?
- seria aquela que se emancipou? Caiu na real? Fez vários cursinhos, aprendeu Inglês? Concluiu a faculdade, pós-graduação, MBA (e hoje trabalha numa Multinacional?). Ou foi embora com um "homem de verdade?” (risos). Porque não estava satisfeita com a vida que levava?
Criou um BLOG, tem MSN,”GTALK”,ORKUT participa de fóruns no VIA6?
Expõe suas idéias, fala com desconhecidos sem se importar com o que os outros pensam? Mulher emocionalmente inteligente, bem resolvida?
A mulher em 3D sabe "exigir" (com sabedoria), respeito, companheirismo, cooperação. Assume seus desejos, reivindica seus direitos e cumpre seus deveres. Tem consciência moral e ecológica e é socialmente responsável. Sabe administrar seu tempo dividindo-o com a família, com o trabalho e consigo mesma.

domingo, 5 de agosto de 2007

Mudando seu estado e transformando sua vida


Já falamos que nossas crenças controlam nossas vidas e que o estado emocional é o nosso filtro supremo de relação com o mundo. Pensamento e emoção juntos geram uma representação física que acaba sendo obedecida pelo nosso corpo. Você consegue se imaginar num momento de extrema alegria e felicidade, com sua resposta física, sua fisiologia, seus movimentos lentos e pesados e a fisionomia endurecida. Ou, ainda, lembrar de um momento triste de sua vida, com você se sentindo vigoroso, energizado, altivo, pra cima. Curiosamente, o próprio termo pra cima já nos diz muita coisa.Encontramos pessoas no nosso dia-a-dia e dizemos a elas: Hei, hoje você esta pra baixo, melhora esse ânimo, se levanta!A referência pra cima e pra baixo diz muito da fisiologia dos seres humanos. Entendemos que uma pessoa está para cima quando está animada, alegre, feliz, motivada, entusiasmada, e assim por diante. Por outro lado, dizemos que está pra baixo quando está triste, cabisbaixa, “deprê”, desanimada, e assim também continua. Isso acontece quando iniciamos um pensamento limitador, que dará inicio a um processo de diminuição de potencial, pois o pensamento ativa uma emoção que acaba por gerar uma representação física. Nosso corpo tende a representar aquilo que pensamos e sentimos, entrando em sintonia positiva ou negativa.A sabedoria popular tem algumas percepções fantásticas, que chamamos carinhosamente de pérolas, pois são de um valor inestimável. Uma dessas pérolas que costumo citar vem do trecho de um samba clássico de década de 60, cujo autor é Paulo Vanzolini, e um de seus refrões mais conhecidos se perpetuou. Normalmente, quando começo a cantar o refrão o público completa, não importando a idade. Acredito que você também conheça. Vamos lá: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.Vou repetir: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Neste caso em especial, ele fala de uma desilusão amorosa. Porém, vou buscar outro conceito nessa frase. Quando a gente cai, acaba por sujar a roupa, fica triste e aborrecido. Neste caso, você se levanta, sacode o corpo e quanto mais vigorosa for a sacudida, mais sujeira você irá remover. Compreenda que não será apenas a sujeira física. Você também será capaz de remover a sujeira mental. Fará o que eu chamo de quebrar um estado físico limitador. Espere aí, Dr. Jô, você está dizendo pra eu dar uma chacoalhada no corpo? Exatamente isso. Num dos exercícios que criei, utilizo regularmente em minhas palestras e treinamentos o chamado cachorro molhado.Movimentos bruscos e súbitos são capazes de romper estados emocionas e cognitivos presentes. Sendo assim, quando necessitar romper uma emoção ou pensamento limitador, faça movimentos bruscos e súbitos. Foi por isso que criei o termo cachorro molhado. É fácil compreender. Imagine um cachorro molhado que tem que se secar, retirar aquela água toda que está nele. O que ele faz? Ele se movimenta vigorosamente, se balança todo. É isso que eu estou recomendando que você faça quando perceber que está num estado limitador, quando fica triste, aborrecido ou irritado. Você pode estar pensando assim: Como eu vou passar o ridículo de me sacudir, agitar meu corpo? Vão pensar que eu estou maluco. Eu realmente acredito que maluquice é ser menos do que podemos ser. Loucura é não aproveitar adequadamente o potencial de cada indivíduo, de cada grupo. Loucura é aceitar nivelar nossos resultados por baixo, pois estamos preocupados demais com o que os outros podem pensar de nós. Como fazemos na nossa vida pessoal e profissional quando somos apresentados a alguma situação mais estressante, precisamos recuperar o passo e ressintonizar o melhor que há em nós? Normalmente, dizemos que somos profissionais ou adultos e não vamos deixar que isso nos abale ou nos tire de nosso caminho. Esse é um trabalho extremamente cognitivo, uma vez que você está procurando razões e justificativas para romper o que está sentindo. Esse processo é trabalhoso e desgastante. Na próxima vez em que você estiver sentindo ou pensando algo que acredite que esteja lhe fazendo mal, irritando ou entristecendo, em que perceba que esteja sintonizando padrões limitadores, faça um cachorro molhado. Logo você perceberá como essas emoções, sensações e pensamentos desaparecem, ao menos por alguns instantes. Você pode me perguntar: E então, o que eu faço depois? Respire profundamente e procure perceber quais são os pensamentos e emoções que darão a você maior capacidade para resolver a situação que está vivendo naquele momento! Talvez você esteja em um lugar em que seja impossível fazer, naquele instante, um cachorro molhado. Minha dica é que, então, fique de pé ou faça algum movimento que alongue bem o seu corpo, rompa com a posição em que você estava anteriormente e respire profundamente, no mínimo três vezes, olhando para cima. Durante essas respirações, procure perceber que tipo de pensamento e de sentimento seria melhor para resolver a situação. O mecanismo é basicamente o mesmo. É muito curioso como as pessoas têm vergonha de utilizar a energia de seus corpos. Fiz dança de salão por alguns anos e era interessante como os homens, por questões culturais, tinham resistência ao movimento rítmico. Felizmente, nos últimos anos, essas questões têm sido superadas, com a popularização do Axé, da dança de salão e das danças latinas. Hoje é normal um homem dançar e se movimentar.Lembre-se: “Ausência de movimento é morte!”Hoje, sabemos que empresas que praticam ginástica laboral têm menor grau de acidentes de trabalho, maior produtividade e melhor qualidade de vida no trabalho.Vamos chamar de fisiologia o estado em que o nosso corpo se encontra. Ele pode ser criado por nós ou ser o resultado daquilo que pensamos e sentimos.Agora, já sabemos que somos capazes de criar estados fisiológicos possibilitadores, com alto grau de energia, e de quebrar estados limitadores desenvolvendo estados de excelência com maior facilidade.Cuidado: se você entrar continuamente em estados limitadores, reduzirá, em muito, sua capacidade de desenvolver estados de excelência humana.Nossa mente e nosso corpo dispõem de incontáveis recursos. Procure regularmente ativar estados emocionais positivos, crenças de poder, pensamentos construtivos, fisiologia com alto grau de energia. Focalize aquilo que fortalece você e intensifique essa experiência.Você só será capaz de realizar aquilo que acredita ser possível realizar.Visualize-se realizando aquilo que deseja.Todas as manhãs, quando você acorda, você pode fazer algumas escolhas:Reclamar por ter que levantar ou agradecer por ter mais um dia para viver!Ficar brigando com os lençóis assim que o despertador tocou ou alguém avisou que já é hora de levantar, ou respirar profundamente, levantar-se se espreguiçando, alongando-se, acordando seu corpo, sua mente. Respire fundo mais uma vez e agora você já é capaz de escolher fazer desse dia um dia maravilhoso e extraordinário.Que esse dia seja um dia na direção daquilo que você deseja, dos seus sonhos, dos seus objetivos. Comprometido em estabelecer como padrão seus melhores estados de poder. Vivendo intensamente e transformando sua vida. Escolhendo ser o melhor ser humano que você é capaz de ser. Experimente vivenciar seus valores, amar, compartilhar, superar, realizar e VENCER!
Um grande abraço
Dr. Jô Furlan

Não Transforme Limites em Limitações







Confundir limites e limitações é uma verdadeira armadilha para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.Qualquer que sejam as nossas metas na vida, uma coisa é certa: teremos que superar a nós mesmos para realizá-las. O maior obstáculo está sempre dentro de nós, assim como as possibilidades de vencê-lo.
Para se auto-superar você precisará conhecer em profundidade a si mesmo, e os mecanismos psicológicos que estão agindo em você.
Quando somos muito ousados ou inovadores demais, sempre ouvimos: “você passou dos limites!”. Quando somos muito conservadores, ouvimos que temos que ousar, inovar, ir além dos limites.
Como não podemos superar aquilo que desconhecemos, precisamos ter uma definição clara do que é um limite para vencê-lo.O meu limite de levantamento de peso (dentro das condições atuais) pode ser de 60 kg, o meu limite de fôlego para mergulho pode ser de 1 minuto, o limite do meu conhecimento é representado pela minha capacidade de resolver as questões pessoais e profissionais que a vida me apresenta.
Observe que a expressão “dentro das condições atuais” é a chave para o entendimento do conceito de limite. Se eu melhorar as condições atuais mudarei meus limites, ou seja, se eu oferecer condições inferiores, meus limites se estreitarão; se eu oferecer condições superiores, meus limites se expandirão!
Assim, se eu começar a fazer um trabalho de fortalecimento muscular, posso elevar meu limite de levantamento de peso de 60 kg para, digamos, 100 kg. Se eu realizar exercícios especiais para melhorar minhas condições respiratórias, posso ampliar meu limite de apnéia. Se o meu conhecimento atual não consegue resolver a contento as questões apresentadas, posso ampliar meu conhecimento estudando mais e buscando ajuda com alguém que possui conhecimentos superiores aos meus.
Esta é uma das características fundamentais que precisamos entender quando pensamos sobre limites.
Nossos limites se expandirão em função dos esforços conscientes que realizamos para superá-los.
Ampliar limites requer muita disciplina. Somente a dedicação constante tem o poder de expandir limites. No exemplo sobre o desenvolvimento muscular, se eu não me exercitar regularmente e de maneira correta vou regredir aos níveis anteriores. Uma vez conquistada uma ampliação dos nossos limites, temos que continuar trabalhando para mantê-los e superá-los.
O mesmo ocorre com nossas competências. Para continuarmos crescendo profissionalmente não podemos permitir que o nível atual de qualquer das nossas competências se torne uma limitação. Nossas competências atuais representam nossas conquistas até agora. Para irmos além temos que ampliá-las, ou seja, encarar e expandir nossos limites, questionando nossa assertividade, nossa habilidade interpessoal, capacidade de trabalhar em equipe, etc.
Nossos limites possuem componentes históricos. Quando somos crianças nossos pais nos impõem uma série de limites na intenção de nos proteger. Assim, o limite que podemos nos afastar de nossos pais e por quanto tempo, irá variar de acordo com a nossa idade. À medida que desenvolvemos um maior senso de responsabilidade, nossos pais passam a permitir que ampliemos os nossos limites. Este processo deveria ter como ponto final a nossa chegada à maturidade dentro da idade adulta, quando não precisaríamos mais de limites controlados por nossos pais. Nossos limites sociais seriam estabelecidos em nossa relação com a sociedade, pela moral, pela ética e pelo nosso caráter. Mas isso nem sempre acontece.
Por excesso de amor e preocupação, os pais se esquecem de “alforriar” emocionalmente seus filhos, e se tornam pais controladores, que fragilizam o poder de decisão e o grau de segurança de seus filhos, tornando-os inseguros e ansiosos. Na tentativa de continuar estabelecendo limites, estes pais acabam criando limitações.
Algo similar ocorre com lideranças centralizadoras que, por equívocos no processo de delegação, tornam a equipe insegura e as decisões lentas. Não existe empowerment onde as pessoas não possam ser responsáveis pela tomada de decisões e dependam sempre do nível hierárquico superior. Um dos papéis fundamentais de um líder é desenvolver pessoas para que elas possam agir na sua ausência.
Para podermos evitar que nossos limites se transformem em limitações precisamos compreender bem o que é uma limitação.Uma das grandes causas de sofrimento e frustração de carreiras se deve ao fato de transformarmos limites em limitações, ou seja, desconsiderar que podemos trabalhar nossos limites e testar todas as possibilidades de ampliá-los, antes de considerar que eles sejam limitações.
Vimos que podemos alterar os nossos limites trabalhando intensa e dedicadamente em ampliá-los, mas até que ponto?Podemos ampliar os nossos limites até o exato momento em que eles se transformam em limitações, ou seja, até o ponto onde a disciplina, a dedicação e a técnica não possam mais ampliá-los.
Vejamos, se eu me dedicar a fazer halterofilismo por toda a vida, vou levantar pesos muito superiores aos que eu possa imaginar hoje, mas haverá uma limitação para a minha capacidade de levantamento de peso. Esta limitação será dada pela minha genética, ou seja, pela máxima capacidade fisiológica que meus músculos tenham de se desenvolver. A constituição física máxima que eu possa alcançar será a limitação, a partir da qual eu não conseguirei levantar um quilo adicional.Contudo, nossos maiores obstáculos estão nos limites psicológicos que associamos aos limites físicos, sociais, profissionais. Temos dificuldades psicológicas que muitas vezes nos impedem de avançar no conhecimento de certos temas. Temos preconceitos, crenças e valores que nos influenciam em nosso juízo de valor.
Pense em uma pessoa com surdez. Dentro do campo auditivo esta pessoa possui uma limitação que a difere de mim: ela não pode ouvir os sons que eu posso. Em contrapartida, sons que me distraem enquanto escrevo este artigo não distrairiam a esta pessoa, portanto, é bem possível, que ela possua um grau de concentração superior ao meu.
No entanto, esta limitação no campo auditivo não deve gerar limitações em outras áreas da vida desta pessoa. O fato de não ouvir não vai impedi-la de amar, de se relacionar, de ser um profissional de sucesso, etc. Não é a surdez que vai fazer esta pessoa feliz ou não. Quantas pessoas com audição perfeita e infelizes você conhece?
A surdez só vai limitar esta pessoa além das questões auditivas se ela permitir que esta limitação assuma um caráter amplo em sua vida. Particularmente, conheço surdos, cegos, deficientes neurológicos e paraplégicos incrivelmente felizes e realizados pessoal e profissionalmente. Eles se adaptaram à vida considerando suas limitações, mas não permitindo que elas prejudicassem outras áreas de suas vidas.
Temos que aprender a conviver com nossos limites e limitações, ambos naturais. Mas, não podemos deixar que um limite se transforme automaticamente em limitação (sem que tentemos superá-lo), e nem permitir que as limitações migrem de suas áreas de origem prejudicando toda a nossa vida e carreira.
Os para-atletas são um forte exemplo da superação de limitações. Em geral, os casos mais drásticos de limitações impostas pela realidade, incluindo fatalidades, apresentam pessoas que nos mostram a infinita capacidade de adaptação do espírito humano e superação.
Enquanto muitos de nós choramos por pequenos incidentes, estas pessoas que foram submetidas a situações drásticas deixam um recado em alto e bom som:
Não são os limites que tornam as pessoas limitadas, mas a sua postura diante deles. O fato de transformarem seus limites em desculpas nobres para atitudes pobres diante da vida.
Seus limites não são todos limitações, e os que forem, só podem limitá-lo parcialmente.
Se algo está limitando você na sua totalidade não são seus limites, mas as ilusões que você desenvolveu diante do medo de não poder vencê-los.
Nossas dificuldades e deficiências apontam caminhos para as nossas maiores vitórias. Na vida não são os perfeitos que vencem, mas aqueles que superam suas maiores dificuldades. O mundo pertence aos que tem coragem de enfrentar suas dificuldades.Os verdadeiros vencedores se conhecem profundamente, e, ao invés de focarem seus limites e limitações, focam suas forças e possibilidades. Os verdadeiros vencedores vencem a si mesmo, e é justamente por isso que a vida os premia.
*Carlos Hilsdorf

segunda-feira, 23 de julho de 2007

MATURIDADE


Boa parte da nossa vida está relacionada ao processo de amadurecer, que pode ir dos 35 aos 60 anos ou mais. Como podemos tirar o melhor proveito disso hoje?
por Liane Alves
Alguém aí já comeu manga madura, daquelas bem suculentas, e provou seu suco doce, que escorre pela boca e mancha toda a roupa? Então, ali, sentindo o gosto da fruta, a gente tem certeza de que ela está no seu auge, no máximo de tudo que é e pode oferecer. A sua “madurez” é desejada, querida. Ninguém vai ter essa sensação quase erótica ao morder uma manga verde e dura. Então por que será que a gente não consegue transpor esse exemplo para nossa própria vida? Por que a maturidade, ou o envelhecer, nos apavora tanto? E por que não tiramos do outono o mesmo prazer que se extrai do verão e da primavera?
A juventude ­ e o que é rígido, novo, verde ­ tornou-se nosso supremo ideal. E o processo biológico em direção ao envelhecimento é empurrado cada vez mais para a frente. O desejável, para a maioria de nós, seria usufruir uma juventude interminável, quase eterna, para então (se realmente insistirem muito nisso) morrer de repente, dormindo. O processo que, de acordo com a natureza, nos deixaria mais doces e tenros, mais plenos e ricos, desabrochando para o que realmente somos, é visto como um castigo contra o qual se deve lutar a todo custo. Mas não precisa ser assim. Existem outras maneiras de ter prazer na vida, exatamente como ela se apresenta. Saber como fazer isso é o grande segredo.
Jovens maduros
Estar bem dentro do corpo e cuidar da serenidade da mente é um aprendizado que exige sensibilidade, percepção e dedicação. Isto é, o que antes, durante a juventude, vinha de graça e sem esforço, agora deve ser batalhado. “A realidade irreversível é que estamos vivendo por mais tempo e o modo como enfrentamos essa maior longevidade faz uma diferença monumental para todos nós”, diz Jean Carper, autor de Pare de Envelhecer Agora. “E, quando agimos para retardar nosso próprio envelhecimento, participamos de uma maravilhosa revolução na medicina que enfatiza a prevenção em vez do tratamento”. Pois envelhecer bem é a arte da compensação: o que se perde é reposto conscientemente, seja com tai chi, seja com meditação, ioga ou uma moderna dieta que impede a formação de radicais livres com alimentos e vitaminas. A boa informação e a prática constante são essenciais para quem quer amadurecer de maneira saudável.
Os resultados desses métodos, terapias e técnicas podem se tornar visíveis em pouco tempo. “Um dos indicadores mais fáceis para avaliar a vitalidade de alguém é o brilho dos olhos”, diz o professor Roque Severino. Se você tiver 50, 60 ou 70 anos e tiver essa luz interna, essa faísca que demonstra o vigor do espírito, é sinal de que o inverno da velhice ainda não se manifestou e que ainda pode estar bem longe, pelo menos segundo a avaliação chinesa. “Podemos ver uma pessoa idosa recuperar instantaneamente essa centelha por alguns momentos ao falar de um acontecimento do passado que tenha despertado seu entusiasmo e alegria. E há outra questão: sempre sabemos que vamos morrer. Com essa consciência nítida, torna-se natural reconhecer a preciosidade de cada instante. Mesmo o prazer é ressaltado por sua fugacidade, por sua raridade e lampejo. Também a dor, a angústia ou a tristeza trazem em si sua nobre singularidade. Difícil? Talvez esse seja mais um dos presentes da maturidade: é possível experimentar sempre, principalmente o que não se vivenciou antes, o que se deixou para trás, o que nunca passou pela cabeça. O que realmente temos a perder, afinal?
Jair Engracia, 64 anos, funcionário do Banco do Brasil, experimentou esse amor pela singularidade da vida de uma forma muito especial. “A maior dor do envelhecimento é vermos que temos menos possibilidades. A quantidade, em tudo e por tudo, diminui. E isso dói”, diz ele. Mesmo assim, é possível saborear essa dor. Ela indica que a direção da vida, nesse momento, se dirige à qualidade, à contemplação e à fruição da existência, mais do que à quantidade, ao fazer e ao ter. E, quando se percebe isso, o sofrimento é mais fácil de ser integrado ­ e até saboreado. O envelhecer nos segreda a cada momento que sempre podemos ter a possibilidade de viver novas experiências, para render homenagem à própria vida. Há melhor epitáfi o que o título da biografia de Pablo Neruda? Ele resumiu toda sua história numa única e invejável frase: Confesso que Vivi.
Liberdade, enfim
Outro elemento que pode ajudar bastante nessa nova fruição é a libertação dos padrões culturais impostos pela sociedade, o famoso “tem que”. A empresária Maria Clara Gomide, por exemplo, refletiu bastante sobre seu próprio comportamento amoroso e resolveu mudar da água para o vinho. “Aos 54 anos ainda queria casar, ter um companheiro fixo, uma vidinha pacata, exatamente como queria aos 22. Na verdade, vi que essa não parecia uma idéia minha, mas da sociedade: era o que se esperava de mim quando era mais jovem.” E acrescenta, sorrindo: “Me esqueci de atualizar meus sonhos”. Hoje ela reconhece que teria horror de viver essa realidade doméstica. “Mudei completamente minha perspectiva. Tenho dois namorados, um francês e um espanhol, que visito durante o ano em semestres diferentes, que possivelmente são tão fiéis a mim quanto eu a eles”, diz. “Mas fico feliz na companhia deles, cada um me traz uma experiência diferente, e é isso, honestamente, que eu quero neste momento da minha existência.”
Ah, a liberdade da maturidade. Que ganho maravilhoso, essa aceitação e esse conhecimento de si mesmo, para o bem ou para o mal. “As pessoas fracionam a vida quando rejeitam a si mesmas, negam a própria história quando valorizam o modelo social, seja estético, seja comportamental, sem questionálo”, diz Pedro Paulo Monteiro, professor de Gerontologia da PUC de Petrópolis e autor do livro Envelhecer: Histórias, Encontros e Transformações. “A sabedoria só é possível pela reflexão. Porém, a reflexão envolve uma postura de humildade, de aprendizado sobre si com base nas experiências de vida”, diz ele.
Envelhecer hoje
Essa procura pelo significado e pelo encantamento da vida pode ocorrer de várias maneiras. De uma forma menos filosófi ca, é o que se tenta todos os dias no Hospital das Clínicas de São Paulo, onde funciona o Programa de Envelhecimento Saudável, comandado pelo médico geriatra Wilson Jacob. Ali, além do atendimento físico e psicológico para quem tem mais de 60 anos, ensinase, com a ajuda de profissionais voluntários, ioga, meditação, dança, ikebana e outras atividades. Dessa maneira, procura-se despertar nessas pessoas novamente a alegria de viver. E descobrem-se coisas surpreendentes, como o aumento da capacidade de memória dos idosos após seis meses de tai chi, uma das conclusões de um estudo da médica Juliana Yumi Kafai, com a participação de Ângela Soci, professora dessa arte marcial.
Inclusive já há uma corrente nos Estados Unidos que afirma que uma pessoa de 60 anos, com boa saúde e utilizando os recursos de hoje para manter sua energia, é equivalente a uma pessoa de 40 anos há um século. Sim, os 60 são os novos 40, como se diz por aí. Portanto, não só a vida esticou como ela tem outra qualidade. Há que se considerar também que atualmente as pessoas vivem o envelhecer de outra maneira. Regina Casé, num quadro do Fantástico, revelou essa diferença ao mostrar o quadro clássico de dom Pedro II, com os trajes imperiais e sua longa barba branca. Ela pediu que as pessoas adivinhassem sua idade ­ 70, 80 ou 90 ­, para depois contar a idade real do imperador na época: 50 anos.
Pois é, hoje é mais fácil ver as pessoas assumirem a própria idade. A advogada Alice Maria Felipetto, por exemplo, decidiu assumir o cabelo grisalho aos 46 anos. “Só eu e minhas amigas achamos lindo. Os homens sumiram”, afirma. Como ainda pretende namorar muito, fez uma concessão consciente ao sexo masculino e voltou a tingir o cabelo. Já a tradutora Helena Hungria continuou com sua opção, contentíssima e aplaudida pelos amigos, que a acham mais bonita agora que antes. “Meu sonho era envelhecer como a Rita Lee, ter o cabelo exatamente naquele tom de vermelho. Mas fui mudando, mudando e aos 54 anos e meio decidi assumir os grisalhos. Hoje tenho exatamente o rosto que queria ter.” Quem quiser gostar dela assim, que goste.
Aurora do espírito
Ao redor dos 50, há um desejo profundo de mudar a vida que se levou até então, ou até transformar a maneira de ser: o indivíduo passa a responder mais às leis do espírito. “Somos chamados para um modo de ser totalmente novo. Na primeira metade da vida, é o mundo exterior que nos chama. Na meia-idade, o mundo interior”, dizem elas. Os chamados externos, como a carreira, a manutenção de status, relacionamentos e até a família, mudam de prioridade. Esse é o retrato de uma existência plena, quando a maturidade se completa com fecho de ouro. Por isso, acredite, o envelhecer só pode ser desejado com alegria. Pense nisso. E que a vida lhe seja doce.

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Quem sou eu

CUIABA, MATO GROSSO
Sou assim Duas de mim Às vezes três Quatro... cinco... seis Sou uma por mês. Me diversifico. Tem horas que grito. Vivo num conflito. Outras horas, só sei falar de amor, sou romântica, Chorosa e nervosa. Aí quando menos me percebo. Me transformo em mulher cheia de medo. Cheia de reservas. Séria e sem defesa. No minuto seguinte Viro logo a tal. Aí sou dona do mundo .Segura e destemida Altiva e atrevida. Falo o que ninguém tem coragem de falar. Explico detalhes que é bom nem lembrar. Sou assim. Várias de mim .Sorriso por fora .No rosto nenhum sofrimento. Nos olhos, meu desejo de vencer Na vida real sou bem mais complicada .Sou mil. E quem tentou, descobriu Que viver ao meu lado Não é assim tao complicado. Pois Sou paixão...Sou razão...Sou... Movida pelo coração ... euzinha